Dias melhores: famílias rurais em situação de extrema pobreza recebem fomento rural

26/05/2020 15h02 - Atualizado em 13/08/2020 15h06
Foto: Ivanildo Küster / Incaper
Mil pés de café implantado através do recurso do fomento, na propriedade da senhora Cleudina Rocha, na comunidade de Cinco Voltas, em Boa Esperança/ES.

Famílias rurais do norte do Espírito Santo, em situação de extrema pobreza, receberam um fomento rural no valor de R$ 2.400, por meio de uma parceria entre o Ministério da Cidadania e o Projeto Dom Helder Câmara, executado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

O extensionista do Incaper e coordenador do projeto, Ivanildo SchmithKüster, pontuou que, até o momento, um total de 363 famílias rurais em extrema pobreza foram beneficiadas com o fomento, totalizando um valor investido de oitocentos e setenta e um mil e duzentos reais. Ao todo, foram beneficiadas famílias de 20 municípios: Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Boa Esperança, Colatina, Conceição da Barra, Governador Lindenberg, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Montanha, Mucurici, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Mateus e Sooretama.

O extensionista lembrou que o programa tem duas ações importantes, que são o fortalecimento produtivo da propriedade rural e o acompanhamento social, por meio da extensão rural feita pelos técnicos do Incaper, sendo a transferência dos recursos feita de forma direta e não reembolsável. 

“Por meio dessas ações, o objetivo é contribuir na estruturação produtiva das famílias contempladas, visando à produção de alimentos, diversificação da produção e atividades que possam ser geradoras de renda na propriedade. Em uma visão mais superficial, o valor disponibilizado pode até parecer pequeno, mas não é, pois são famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, e quando bem aplicado, a atividade implantada pode se transformar na base de alimentação da família ou o começo de uma nova atividade produtiva”, disse.

Os extensionistas do Incaper já elaboram um projeto produtivo com a família, onde será investido o valor do fomento. O mesmo será disponibilizado em duas parcelas, sendo a primeira parcela é no valor de R$ 1.400 e, após aplicação e vistoria de nossos técnicos, a segunda parcela de mil reais será disponibilizada. 

Invisibilidade das famílias

Ivanildo Küster lembrou que, no campo, a situação de vulnerabilidade social não é diferente da situação da cidade, podendo muitas vezes ser até pior devido a distância da cidade e dos órgãos de apoio dos governos. “Na maioria das vezes essas famílias são ‘invisíveis’ para a sociedade de forma geral. Nós, que somos extensionistas, passamos a conhecer a realidade de muitas delas a partir desse projeto, o que nos trouxe preocupações, pois muitas vezes presenciamos situações que nos deixaram perplexos. Fazemos essas reflexões sempre que falamos em pobreza no meio rural e, programas como o fomento rural, devem ser implementados com uma maior frequência, por meio da assistência técnica e da extensão rural”.

Ele citou como um dos exemplos emocionantes que traduzem a criatividade e a dedicação dos extensionistas ao Projeto Dom Helder: as onze famílias de pescadores em situação de extrema pobreza da Fazenda Guararema, em Linhares, que foram beneficiadas com insumos e equipamentos, recentemente divulgado na mídia. 

Projeto Dom Helder Câmara

O Projeto Dom Helder Câmara é um programa de ações referenciais de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável na região do semiárido brasileiro. No Espírito Santo é executado pelo Incaper, por meio de um instrumento específico de parceria com a Anater.

O objetivo é atender 1.008 famílias em situação de vulnerabilidade social, em 20 municípios do Espírito Santo, que estão na área de abrangência da Sudene: Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Boa Esperança, Colatina, Conceição da Barra, Governador Lindenberg, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Montanha, Mucurici, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Mateus e Sooretama.

O projeto pretende transformar a realidade do semiárido capixaba com ações de combate à pobreza e à extrema pobreza por meio do desenvolvimento rural sustentável, visando à melhoria da qualidade de vida e à autonomia das famílias assistidas.

Por quê DOM HELDER?

Dom Helder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza, no dia 7 de fevereiro de 1909 e faleceu no dia 28 de agosto de 1999, em Recife, aos 90 anos. Por sua luta pelos direitos humanos, justiça e contra o autoritarismo, foi indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz. 

“O maior dos mandamentos é amar a Deus de todo coração, mas há um mandamento igual que é amar o próximo”, dizia ele.

 

Texto: Tatiana Toniato Caus (jornalismo/GTTC) e Ivanildo Schmith Küster

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