Alunos, acadêmicos, profissionais e pesquisadores de várias áreas do conhecimento no Estado do Espírito Santo têm à disposição uma nova ferramenta para ajudar na pesquisa e consulta de conteúdos específicos. A Bibliotecária Merielem Frasson da Silva (CRB-6/675ES) realizou um mapeamento das bibliotecas especializadas em funcionamento no Estado capixaba. O levantamento, realizado para a dissertação de mestrado da profissional na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pode ajudar a melhorar o acesso a esses equipamentos e aos acervos disponibilizados por eles.

Merielem conhece bem as bibliotecas do tipo, pois trabalha na Biblioteca Rui Tendinha do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), em Vitória. “O objetivo do estudo era saber quantas eram as bibliotecas especializadas, sobre quais assuntos se dedicavam, qual a estrutura e qual o nível de maturidade em relação ao acesso à informação”, conta a pesquisadora.

Ao todo, foram catalogadas 27 bibliotecas especializadas no Estado, que oferecem acervos de áreas como jurídica, saúde, agricultura, segurança pública, comunicação, finanças e economia e ensino profissionalizante. “Eu fiquei muito satisfeita em conhecer os vários projetos. Há várias outras estruturas que funcionam no Estado e que convivem com os mesmos desafios que eu enfrento pelo fato de ser uma biblioteca especializada”, relata.

Situação atualizada

O trabalho foi orientado pela doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB) Lucileide Andrade  (CRB-6/309ES), que conta que o último levantamento do tipo no Espírito Santo ocorreu em 1979, há mais de 40 anos. Por isso, o estudo é importante para atualizar a situação dessas estruturas.

“Os resultados explicitaram as escassas políticas de informação adotadas, no âmbito estadual, evidenciaram as rupturas e ações descoordenadas no acesso à informação e à falta de políticas para auxiliar o governo e religar regimes informacionais. As análises apontaram, ainda, o déficit de profissionais da informação, a falta de ação estratégica e sistematização do acesso à informação em unidades regionalizadas e a ausência de redes de bibliotecas, além de agregar informações pontuais das unidades levantadas a partir do mapeamento”, conta.

No entanto, a pesquisadora destacou os impactos positivos da realização do mapeamento, como disponibilizar ao Poder Público um diagnóstico da situação global levantada para subsidiar planejamento e formulação de políticas de informação, do livro e da leitura, além de redes e sistemas de bibliotecas. “A mediação da biblioteca é fundamental para promover a circulação e ampla disseminação das informações de natureza governamental, estratégica e de interesse público”, conclui.

O mapeamento das bibliotecas especializadas do Espírito Santo está disponível no endereço: https://tinyurl.com/bhbks29v.

Fonte: CRB6